Desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) por meio do Instituto No Setor, o projeto Setor de Capacitação Social traz boas oportunidades a quem se encontra em busca de renda para viver.
Voltada a pessoas em situação de vulnerabilidade, a iniciativa oferece cursos gratuitos de cenografia, sonorização, montagem de eventos, limpeza e conservação de espaços e atendimento ao cliente, entre outras modalidades. As aulas são ministradas no Setor Comercial Sul (SCS) e no Venâncio Shopping, na Asa Sul.
O termo de fomento assinado com o GDF é de R$ 300 mil. Até março, dez cursos presenciais vão potencializar essas pessoas para atuar na cena cultural da cidade. Logo ali, chega o Carnaval, e gente como o aposentado e ex-estudante de teatro Rômulo Lins, 55, tem se esforçado nas aulas de cenografia para trabalhar contribuindo com a folia.
“Adoro mexer com cenários, sou apaixonado por Carnaval, e aqui temos aprendido a decorar, a criar”, conta Rômulo. “Depois da capacitação, a gente pode ver a possibilidade de buscar algum trabalho, de preparar a decoração de uma festa. Vamos ver.”
Banco de dados
Já o ambulante Marcos Marques, 40, trabalha há dez anos com a venda de bebidas em shows e festas. Fez mais de um curso, tendo como foco as lições de atendimento ao cliente. “Esse nosso trabalho é muito marginalizado, então precisamos nos organizar”, pontua o rapaz, morador do Paranoá. “Meu nome e de outros vendedores foram inseridos num banco de dados, e há a possibilidade de nos chamarem para trabalhar em um evento fechado, por exemplo.”
O titular da Sedet, Thales Mendes, acompanha o entusiasmo dos inscritos. “Além de ser uma referência para sair da informalidade, essas capacitações são ações diretas de sobrevivência”, aponta. “A inserção no mercado de trabalho pode mudar a história de vida desses cidadãos. Aí está a relevância do projeto”.
A próxima missão dos cidadãos que já frequentam as aulas é a montagem e os serviços de uma festa a ser realizada no SCS no próximo dia 10, anuncia a coordenadora pedagógica dos cursos do No Setor, Tamara Gonçalves. “São alunos que há muito tempo estão desempregados, que têm renda inferior a um salário mínimo ou que viveram nas ruas”, situa. “Nossa meta é fazer deles agentes culturais completos”.
Fonte: Agência Brasília