O Serviço de Fonoaudiologia (SEFON) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), promoveu, nesta segunda-feira (28), uma blitz interativa para promover o Julho Verde, uma campanha para conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço.
A ação incluiu, além da distribuição de folders e fitinhas verdes, a realização de um quiz interativo com distribuição de brindes. A equipe realizava perguntas simples com mitos e verdades sobre a doença, além de um painel e um banner temático com frases de
impacto e espaço para fotos, e também momento para tirar dúvidas com enfermeiros e fonoaudiólogos.
O objetivo da iniciativa é conscientizar pacientes, familiares e colaboradores sobre riscos, sinais e sintomas da doença. Além disso, visa incentivar a adoção de hábitos saudáveis e a busca por diagnóstico precoce.
Jeziel Almeida, aos 55 anos, descobriu que as recorrentes infecções de garganta eram algo mais grave: um câncer de laringe. Sem dar importância aos sintomas, ele enfrentou uma dura batalha contra a doença e passou por cirurgia em 2020 no HBDF. Hoje aos 60 anos,
é voluntário no hospital e apoiador da campanha Julho Verde.
“É importante que as pessoas fiquem atentas a qualquer sinal diferente com seu corpo, porque mesmo sobrevivendo ao câncer, ficam sequelas irreversíveis na nossa vida. Talvez se tivesse descoberto a doença um pouco mais cedo, não teria ficado com minha voz comprometida”,
conta Jeziel.
Fonoaudióloga da Unidade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HBDF, Ana Gabriela Nobre Fernandes, explica que, mesmo com o tratamento, o paciente tem sua rotina completamente alterada. “Após a cirurgia, esse paciente vive com algumas dificuldades. A rotina de
sono muda, além da sua alimentação e respiração. Os números de casos vêm aumentando. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a previsão para 2025 é 39.550 novas ocorrências de câncer de cabeça e pescoço no Brasil, sendo 2.760 no Centro-Oeste.
Por isso, nosso objetivo no HBDF é conscientizar sobre os riscos e alertar para a busca da avaliação médica o quanto antes, pois o diagnóstico precoce ajuda na cura”, ressalta.
Nádia Bittencourt, 60 anos, aguardava uma consulta no ambulatório de nefrologia do HBDF nesta segunda-feira e aprovou a campanha. “Eu tenho uma filha que fuma, então essa iniciativa desperta na gente uma preocupação para esse tipo de doença, que no dia a dia
vamos ignorando. O alerta faz a gente lembrar que precisamos estar atentos e cuidar da nossa saúde”, conclui.