As secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação (SEE-DF) realizaram, nesta quinta-feira (6), o I Fórum de Experiências Exitosas do Programa Saúde na Escola (PSE). O intuito é promover a articulação entre as equipes da atenção primária e as da educação básica, fortalecendo o combate a vulnerabilidades e ampliando o acesso aos serviços da rede.
Ao longo do dia, foram apresentadas 14 práticas positivas realizadas em diversos cenários do DF. Uma delas, compartilhada pela gerente da unidade básica de saúde (UBS) 1 do Riacho Fundo I, Cláudia Nogueira, é a “PSE como ferramenta de diagnóstico, acompanhamento e cuidado das crianças com sobrepeso, obesidade e magreza extrema”. A prática aborda a alimentação saudável do público infantojuvenil.
“Escolhemos uma escola piloto e integramos a ação com os profissionais da educação. Conseguimos pesar mais de 90% das crianças da escola selecionada, identificando aquelas com obesidade, sobrepeso e baixo peso. Além disso, esses jovens foram divididos entre as equipes de cuidado para acompanhamento, solicitação de exames e encaminhamento a consultas. O intuito é replicar a prática em várias outras escolas da capital”, explicou a gerente.
A psicóloga escolar Miriam Borges falou sobre a iniciativa Psicoeducação das emoções no contexto escolar de alunos surdos, desenvolvida na Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga. “No contexto pós-pandemia, muitos estudantes surdos voltaram aos centros de ensino com alguns conflitos internos. Por isso, passei a realizar atividades de psicoeducação das emoções, ajudando-os a entender sentimentos e a trabalhar o autocontrole e a ansiedade”, detalhou. Como resultado, foi observado, segundo ela, a redução de bullying e de casos de automutilação na escola participante.
Diálogo
O encontro, organizado pelo grupo de trabalho intersetorial (GTI) da pasta, cria um ambiente de aprendizado e troca de conhecimento, com o propósito de compartilhar práticas bem-sucedidas e inspiradoras. Representantes de ambas as áreas dialogaram sobre estratégias conjuntas para fortalecer ações de saúde dentro das escolas do DF.
A coordenadora de atenção primária à saúde, Sandra França, destaca que o fórum auxilia no aprimoramento de iniciativas promovidas pela SES-DF, por meio de parcerias. “A integração entre saúde e educação é fundamental para garantirmos um acesso equitativo, sem violação de direitos”, apontou.
Representando a SEE-DF, Patrícia Jane Lacerda concorda com o trabalho conjunto entre as pastas, especialmente quando se considera o papel do ambiente escolar na vida do aluno. “O estudante que gosta de saúde está preparado para todas as formas de aprendizagem. E isso é essencial à educação, na qual os resultados se manifestam não apenas academicamente, mas social, familiar e economicamente”, avaliou.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília