Em sessão solene de lançamento da Frente Parlamentar de Nefrologia, nesta sexta-feira (28), especialistas da Secretaria de Saúde (SES-DF) elencaram ações da pasta voltadas ao atendimento a pacientes de hemodiálise. A Frente Parlamentar de Nefrologia, presidida pelo deputado distrital Thiago Manzoni, irá, entre outros pontos, acompanhar projetos de lei relacionados ao setor; promover o intercâmbio com instituições semelhantes e outros parlamentares; e aprimorar a legislação da área no DF.
Atualmente, a rede possui seis centros de diálise hospitalar e mais oito clínicas credenciadas. Ao todo, são 1.535 vagas de hemodiálise e 850 de diálise peritoneal, entre sistema público e complementar.
A área galgou inúmeros progressos, segundo a diretora substituta de Internação da SES-DF, Raquel Mesquita. Ela citou como exemplos a criação de uma nova linha de cuidado do paciente renal crônico e a atualização da tabela regionalizada de complementaridade dos serviços de hemodiálise na rede.
“Essas ações permitiram que evitássemos muitas perdas de vagas nas clínicas”, contou. “Além disso, está prevista a contratação de mais uma clínica de hemodiálise, que irá reduzir significativamente a lista de espera dos pacientes”, assegurou.
Na mesma linha, a presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), da regional do Distrito Federal, destacou que, em resposta à alta demanda nacional, medicações e tratamentos para problemas renais crônicos também passaram por inovações. “A doença renal crônica será a quinta causa de morte no mundo em 2040. Estima-se que há mais de 157 mil pacientes em diálise no país. A cada ano, esse número aumenta em 6%”, alertou.
Além das oito clínicas credenciadas, os centros de diálise da rede pública ficam localizados nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Asa Norte (Hran), Gama (HRG), Santa Maria (HRSM) e no Hospital de Base (HB). O acesso se dá pelo complexo regulador, isto é, por meio de encaminhamento de um médico especialista. A porta de entrada para o serviço é a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência.
Diálise peritoneal
A modalidade de diálise peritoneal, que representa hoje 35% dos usuários, recebeu um destaque durante a solenidade. “Seguimos não poupando esforços para incentivar a indicação da modalidade, pois, para além da saúde, ela representa outro bem precioso: a liberdade”, reforçou Mesquita.
A diálise peritoneal consiste na conexão por um cateter implantado no abdômen do paciente. O procedimento pode ser realizado em casa, à noite, enquanto a pessoa dorme, bastando o equipamento estar ligado a uma tomada e a uma pia. A SES-DF fornece o aparelho ao paciente, além de bolsas com o líquido usado para a filtragem do sangue e outros materiais necessários.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília