Determinação, comprometimento e cooperação foram algumas das lições aprendidas, por meio do esporte, pelos socioeducandos das unidades de internação do sistema socioeducativo do Distrito Federal na 2ª edição da Copa Atlas de Futsal. A iniciativa teve a final disputada nesta sexta (19), na Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire). A competição traz o esporte, a cultura e o lazer como eixos da execução das medidas socioeducativas, seguindo o que preconiza o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
A final se deu entre os times da Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire) e da Unidade de Internação de Brazlândia (Uibra). Com o placar de 9 x 5, o time da Uibra venceu a competição. Nesta edição, a Copa Atlas de Futsal promoveu seis jogos eliminatórios com a participação de todas as unidades de internação masculinas.
Segundo a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, “o esporte, sobretudo no âmbito socioeducativo, contribui para o desenvolvimento integral dos adolescentes e jovens, e promove a assimilação de regras essenciais para o convívio harmonioso na sociedade, auxiliando, assim, na ressocialização e na promoção de valores de maneira lúdica, por meio das atividades esportivas”, ressalta.
Reescrever o futuro
O objetivo do campeonato é a utilização do processo esportivo dentro das atividades lúdicas desenvolvidas no sistema socioeducativo como contexto de mediação no desenvolvimento humano. A prática possibilita a construção de vínculos significativos, reconhecimento de grupo no contexto social e – até mesmo – uma ressignificação da trajetória infracional.
A partir de 2023, o tradicional torneio de futsal entre as unidades de internação passou a ser denominado como Copa Atlas de Futsal, em referência ao titã grego condenado por Zeus a sustentar para sempre os céus nas próprias costas. Mas, por ser injustiçado por Hércules, Atlas foi liberado do fardo, sendo nomeado guardião dos pilares daquele semideus, tornando-se o líder e o mais forte dos titãs.
A referência mítica possibilita uma reflexão sobre o peso da medida socioeducativa e sua ressignificação a fim de possibilitar que os socioeducandos reescrevam o futuro.
*Com informações da Sejus
Fonte: Agência Brasília